A megaoperação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha deixou pelo menos 64 mortos 4 eram policiais e prendeu 81 pessoas nesta terça-feira (28). Entre os 100 alvos da ação, 32 eram paraenses investigados por comandar a criminalidade no Pará à distância, segundo a Polícia Civil do Pará.

As forças de segurança do Rio de Janeiro realizaram nesta terça-feira, 28, uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV)De acordo com o governo fluminense, 64 pessoas, sendo quatro policiais, morreram, na operação mais letal da história do Estado.

A operação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, teve como principal objetivo desarticular o controle do Comando Vermelho sobre territórios estratégicos da Zona Norte da capital fluminense.

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Trata-se de mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço do CV por territórios fluminenses.

Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada, traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas.

Os criminosos utilizaram drones para lançar bombas contra os policiais e fizeram barricadas para dificultar a ação dos agentes. No total, 81 pessoas foram presas.

Cerca de 2,5 mil policiais civis e militares participaram da ofensiva. No Alemão e na Penha, pelo menos 87 escolas tiveram as atividades afetadas – 48 nem chegaram a abrir. O total de alunos impactados foi de 29 mil.

Além do clima de medo nas favelas, houve bloqueios em importantes vias da cidade, como a Avenida Brasil, a Linha Amarela, entre outras.

A operação também visou a apreensão de armamento usado pela facção criminosa e, até a última atualização anunciada pelo governador Cláudio Castro (PL), 75 fuzis haviam sido apreendidos pelas forças policiais.

Entre os presos, há também 32 suspeitos oriundos do Estado do Pará, que são investigados pela polícia paraense e que estavam no Rio de Janeiro. Investigações apontam que eles comandavam a criminalidade do Pará à distância, e possuem envolvimento em crimes como tráfico de drogas, organização criminosa, homicídios e roubos.

A Prefeitura do Rio anunciou que a cidade entrou em Estágio 2 por conta de interdições nas ruas da zona norte, oeste e sudoeste da capital fluminense.

Esse estágio de risco é considerado, dentro dos estágios operacionais da cidade, quando há ocorrências “de alto impacto na cidade” por conta “de um evento previsto ou a partir da análise de dados provenientes de especialistas”; são ocorrências descritas com “elevado potencial de agravamento”.

 Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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