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O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira (15) que, durante reunião em Brasília, empresários pediram ao governo que negocie com autoridades norte-americanas o adiamento da entrada em vigor da tarifa de 50% imposta por Donald Trump contra produtos brasileiros.

Os representantes do empresariado pediram ao governo brasileiro que não retalie os Estados Unidos como resposta à intenção do presidente americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre as exportações para lá. O pedido foi apresentado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, na reunião realizada na manhã desta terça-feira, 15, com alguns dos setores produtivos que podem ser mais prejudicados pela medida.

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As empresas também recomendaram que o governo peça mais tempo aos Estados Unidos para encontrar uma solução para o impasse, já que entendem que os quinze dias que restam até o início da vigência da sobretaxa são insuficientes para formular uma proposta técnica.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei de reciprocidade aprovada pelo Congresso em abril. O objetivo da lei é permitir que o governo adote medidas contra países que imponham san…

Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos enviou uma carta a Lula comunicando que, a partir de 1º de agosto, produtos brasileiros importados pelos norte-americanos receberão uma tarifa adicional de 50%.

A decisão do presidente dos Estados Unidos foi criticada pelo governo Lula, que considera a ação uma retaliação política — motivada por uma defesa de Jair Bolsonaro por Trump e por críticas do republicano ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Representantes do setor exportador brasileiro defendem um adiamento da entrada em vigor da taxa por até 90 dias, para que as indústrias possam se preparar para a elevação da tarifa. Durante entrevista, o vice-presidente classificou como “exíguo” o prazo imposto pelos Estados Unidos.

Além disso, pediram a Geraldo Alckmin que o Brasil negocie para tentar reverter o tarifaço. O vice-presidente também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e está liderando os trabalhos do governo brasileiro neste tema.

Segundo o ministro, os empresários também se colocaram à disposição para negociar com produtores norte-americanos que atuam nos mesmos setores em busca de acordos e articulação contra o tarifaço.

De acordo com Alckmin, o governo tenta há dois meses um contato com os norte-americanos, mas não tem obtido resposta.

Alckmin tem feito uma série de reuniões com empresários para tratar de medidas que podem ser tomadas pelo Brasil diante do tarifaço de Trump.

As reuniões são parte do trabalho de um comitê interministerial criado pelo presidente Lula, que reúne o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Casa Civil, o Ministério da Fazenda e o Ministério das Relações Exteriores.

O objetivo do governo é ouvir os empresários, dimensionar os impactos da medida americana sobre as exportações brasileiras e discutir eventuais contramedidas.

O presidente Lula já mencionou que a Lei da Reciprocidade Econômica está entre os instrumentos legais que o Brasil poderá usar para responder às tarifas, caso a decisão dos EUA avance.

As reuniões não se limitarão à terça-feira, segundo Alckmin. Ele afirmou que o governo também vai se reunir com empresas americanas instaladas no Brasil e entidades de comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos.

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Vídeo: Créditos / TV Acrítica

Com informações de G1

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