Ouvir notícia

A jornalista e comentarista econômica Thais Herédia, da CNN Brasil, avaliou que o Brasil entrou em um confronto com os Estados Unidos sem ter estrutura para enfrentar o embate, proteger a economia ou sair vencedor.

Na análise, Herédia destacou que o país é uma “potência menor”, com pouca capacidade de exercer pressão internacional ou responder com retaliações à altura. Ela também chamou atenção para a dependência brasileira em relação às duas grandes potências globais — Estados Unidos e China.

Publicidade

Lula (PT) nunca escondeu sua preferência pela China, pelas autocracias do Sul Global e antiamericanas. Mas é preocupante pensar que ele imagina que o Brasil é capaz de enfrentar uma guerra comercial com os Estados Unidos em defesa da democracia e soberania.

A China se preparou para a volta de Trump e, resistindo aos arroubos já conhecidos, acabou provocando o recuo do norte-americano. O custo para a economia chinesa será menor crescimento, o que afeta o mundo todo.

O custo para a economia brasileira nesta briga, que escala para níveis perigosos, será um problema só nosso — ainda sem previsões de como ele vai se dar.

— Lula nunca escondeu sua preferência pela China, por regimes do Sul Global e por uma postura antiamericana. O preocupante é acreditar que o Brasil tem condições de sustentar uma guerra comercial com os EUA em nome de democracia e soberania — avaliou.

A jornalista lembrou que a China se preparou para a volta de Donald Trump ao poder, conseguindo forçar os Estados Unidos a recuar na guerra tarifária — mas pagando um preço alto, com impactos que ainda afetam o crescimento chinês e têm reflexo global.

No caso do Brasil, pondera, arcar com os custos dessa disputa pode gerar prejuízos “perigosos”, que serão responsabilidade exclusiva do país.

— O momento exige paciência estratégica e inteligência diplomática para lidar com provocações como essa de Trump. Até agora, não há sinal de recuo ou de trégua. Pelo contrário. Vai ficando cada vez mais difícil responder à pergunta mais básica: quem vai mediar esse conflito? — questionou.

VEJA O VÍDEO

Vídeo: Créditos / CNN Brasil

O que achou disso? Clique em uma estrela para avaliar esta publicação!
[Total: 1 Média: 1]

Compartilhar
Deixe um comentário