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Mesmo impedido de postar nas redes sociais desde 17 de julho, o ex-presidente Jair  continua ampliando sua base de apoiadores online. Segundo levantamento de suas plataformas oficiais, ele ganhou cerca de 500 mil novos seguidores desde a decisão judicial que restringiu suas publicações.

A determinação partiu do ministro Alexandre de Moraes, do  Tribunal Federal (STF), relator dos processos relacionados ao ex-presidente. Apesar da proibição de novos posts, as contas de Bolsonaro não foram desativadas, o que permite que seus perfis permaneçam visíveis ao público.

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Base digital segue ativa e engajada

Mesmo sem atualizações, o engajamento permanece alto. Seu último post no Instagram, no qual respondeu a uma carta do ex-presidente  e afirmou estar sendo julgado por um “golpe sem armas”, ultrapassou 1,5 milhão de curtidas.

Nas demais redes — X (antigo Twitter), Facebook, YouTube e  —, os números também continuam subindo. Antes das restrições, Bolsonaro contabilizava 68 milhões de seguidores; agora, o total chega a 68,5 milhões.

A manutenção e o crescimento de sua audiência surpreenderam analistas, que esperavam queda no alcance. Muitos apontavam o risco de uma “morte digital” após a decisão do STF, algo que não se confirmou.

Jair Bolsonaro não posta mensagens em suas redes sociais desde o dia 17 de julho, em função de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator dos processos que tramitam contra o ex-presidente.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O magistrado bloqueou a publicação de novos posts, porém não fechou as contas do ex-presidente.

Políticos da oposição temiam a “morte digital” do capitão, que sempre teve as redes sociais como uma ferramenta poderosa para se comunicar com seus apoiadores. Porém, mesmo impedido de postar, o ex-presidente continuou a ganhar seguidores.  Em julho, ele tinha 68 milhões. Agora são 500 mil a mais, contabilizando Instagram, X, Facebook, Youtube e Tik Tok.

O maior crescimento se deu no Instagram. Seu último post na rede social —  ele responde a uma carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump e diz que está sendo julgado por um golpe “sem armas” — registrou 1,5 milhão de curtidas.

O que mantém a memória digital de Bolsonaro na internet são os internautas que entram todos os dias nas páginas do ex-presidente para expressar apoio –  e também críticas. São, em sua maioria, mensagens saudando o ex-presidente e fazendo troça da prisão.

Crescimento surpreende especialistas

O crescimento do número de seguidores do ex-presidente surpreendeu especialistas. A antropóloga Letícia Cesarino, da Universidade Federal de Santa Catarina, lembra que geralmente ocorre efeito contrário quando a pessoa deixa de publicar mensagens. “A lógica é que se a pessoa não tiver publicado, ele vai sumir, pois não está engajando e seus posts não aparecem”.

Letícia acredita que o crescimento do número de seguidores  de Bolsonaro esteja ligado ao impulsionamento feito por aliados, parentes e admiradores  do ex-presidente — ou até mesmo por robôs. “Os filhos de Bolsonaro e seus influenciadores podem estar  reencaminhando postagens ou mantendo indiretamente o perfil vivo.  É sabido também que os bolsonaristas em geral usam muito robôs”, ressalta a especialista.

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