Ouvir notícia
A mobilização de caminhoneiros defende a anistia de presos e exilados políticos, novas eleições que consideram “transparentes” e o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.
Representantes de setores do agronegócio e de caminhoneiros confirmaram na sexta-feira (3) a convocação de uma paralisação nacional para o dia 20 de outubro de 2025, uma segunda-feira.
De acordo com um dos coordenadores, segundo o Jornal da Cidade Online, o movimento não é comandado por partidos ou políticos com mandatos. Parlamentares que apoiam as demandas, segundo o organizador, evitam manifestações públicas de apoio por receio de retaliação do Judiciário.
A organização afirma contar com respaldo de personalidades do campo conservador, ainda que de forma não declarada. A estratégia de mobilização desta vez não inclui bloqueios em rodovias. Os participantes foram instruídos a deixar seus veículos estacionados em acostamentos ou garagens, como sinal de adesão à paralisação.
A convocação é divulgada como um esforço para, segundo os articuladores, provocar uma mudança de postura no país. A expectativa do grupo é que o ato marque o início de uma nova etapa de mobilizações populares com maior alcance.
O movimento pretende medir a adesão no dia 20 como termômetro para possíveis ações futuras. Os organizadores afirmam que o formato adotado foi desenhado para evitar confrontos e ao mesmo tempo pressionar autoridades por meio da paralisação de atividades logísticas em todo o território nacional.
O Jornal JCO consultou um dos coordenadores do movimento, que informou não haver figuras políticas formalmente liderando a organização. Segundo o representante, políticos que apoiam as pautas evitam manifestar apoio público devido ao “medo de perseguição” que atribuem ao Supremo.
Os organizadores afirmam contar com apoio de figuras importantes do campo conservador, mesmo sem lideranças políticas oficiais.
“É um movimento popular, mas não está isolado. Temos respaldo de pessoas influentes, ainda que discretamente”, declarou a fonte ouvida pela reportagem.
A manifestação não prevê bloqueios em vias públicas, diferentemente de mobilizações anteriores. O representante do movimento explicou que a estratégia adotada será “mais inteligente e eficaz”. Os participantes são orientados a manter seus veículos estacionados em acostamentos ou garagens como forma de demonstrar adesão.
Os articuladores do movimento afirmam que o objetivo principal da paralisação é despertar uma “consciência nacional”. Eles defendem a necessidade de o país “parar e tomar um choque de realidade” visando mudanças.
Para os organizadores, a mobilização do dia 20 de outubro pode iniciar uma nova fase de manifestações populares no Brasil caso a adesão seja expressiva. Eles esperam que milhões de brasileiros participem da iniciativa, considerada por eles importante para impulsionar transformações no cenário nacional.