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O Boi Caprichoso anunciou, nesta segunda-feira (30), que vai pedir a anulação do resultado do Festival de Parintins 2025. A informação foi divulgada em nota nas redes sociais.
O Boi Garantido e a organização do Festival de Parintins não se pronunciaram sobre as acusações.
Na postagem, o bumbá azul e branco se intitula “tetracampeão do povo” e exalta suas apresentações nas três noites do festival. Em seguida, o tom muda: o Boi Caprichoso questiona as notas da apuração e acusa um suposto esquema entre o Boi Garantido e os jurados.
A alegação é de que haveria esquemas envolvendo o boi Garantido junto à comissão de jurados, o que teria prejudicado a avaliação do espetáculo apresentado pelo Caprichoso.
“Diante das incoerências e injustiças evidentes no resultado oficial, o Boi Caprichoso informa que irá recorrer e solicitar a anulação do resultado do Festival de Parintins 2025. O presidente Rossy Amoedo vai nesta terça-feira apresentar as provas que revelam os esquemas do boi contrário na comissão de jurados”, diz trecho da nota.
A agremiação folclórica anunciou uma coletiva de imprensa para terça-feira (1), no fim da manhã, na entrada da Prefeitura de Parintins, com a presença do presidente Rossy Amoedo.
Durante entrevista no curral Zeca Xibelão, em Parintins, Amoedo disse que houve vazamento dos nomes dos jurados para o boi Garantido, o que comprometeu a lisura da competição.
“Estamos convictos de que houve favorecimento ao Garantido, especialmente nos blocos A e B. Dois jurados foram decisivos para o resultado”.
Confusão e protesto
Rossy também reforçou que o Caprichoso alertou oficialmente sobre a situação. “Nós acusamos esses caras da comissão, que eles iam fazer isso. Tá lá o ofício, tá na mão do Vanderlei o ofício, que eles iam fazer isso”, completou.
Após o protesto, Rossy Amoedo anunciou que deixaria o julgamento, acompanhado pela comissão e pelos delegados do Caprichoso. Nas redes sociais, o clima de tensão tomou conta dos torcedores, e a expectativa é de novos desdobramentos.
Crítica ao formato
Ele ainda anunciou que o Caprichoso vai recorrer judicialmente para anular o resultado do festival de Parintins, criticando o atual formato de julgamento e chamando-o de “ultrapassado e vulnerável a manipulações”.
“Estamos rompendo com esse modelo. É preciso zerar esse resultado e construir um novo formato, mais justo e transparente”.
Ao final, o presidente do Caprichoso fez um apelo por respeito aos artistas envolvidos no festival.
“Não é fácil fazer o trabalho dos outros. Respeitem os trabalhadores. Nós damos o nosso sangue por esse espetáculo”.
“Não é ‘não saber perder’, é não deixar ser roubado, detonado. Eu não me acovardo com derrotas, eu me protejo para não ser prejudicado por qualquer pessoa”.
A organização do Festival de Parintins ainda não se manifestou oficialmente sobre o episódio.
Veja a entrevista, na íntegra