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Em meio às dezenas de decretos assinados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, imediatamente após tomar posse na segunda-feira, um em particular acendeu um sinal de alerta na América Latina.
Logo após a posse, ele assinou uma ordem executiva na qual classifica cartéis de drogas, sem especificar quais, como organizações terroristas estrangeiras. Organizações criminosas brasileiras – como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) – têm características técnicas similares aos dos cartéis e por isso podem entrar na lista.
Em uma medida que visa cumprir a promessa de campanha de fechar o cerco ao narcotráfico, o republicano ordenou que seu novo Gabinete designe cartéis ligados ao tráfico internacional de drogas como organizações terroristas internacionais — determinação que abre caminho para uma série de medidas, incluindo a possibilidade de operações americanas violando a soberania de países da região.
O decreto em questão faz referência direta a apenas duas organizações criminosas: o Trem de Arágua — organização com origem na Venezuela que atua em ao menos oito países sul-americanos, segundo a Interpol — e Las Maras Salvatrucha (MS-13) — gangue criminosa fundada em Los Angeles, mas que tem origem em organizações criminosas de El Salvador. Contudo, o texto se refere a todo tempo aos “Cartéis” (com letra maiúscula), indicando um conjunto indeterminado de grupos criminosos. Em uma única referência geográfica, o decreto menciona que, “em certas partes do México, funcionam como entidades quase governamentais, controlando quase todos os aspectos da sociedade”.
A lista de cartéis que ganharão o rótulo de terroristas só deve ficar pronta em duas semanas. Mas analistas dizem que a medida pode afetar não apenas a criminalidade interna e a do vizinho, o México, mas também países da América do Sul. Essas nações estão entre as grandes produtoras de cocaína e têm importantes grupos criminosos responsáveis pela disseminação da droga pelo mundo.
Os cartéis de droga são organizações criminosas que controlam a produção, distribuição e comercialização de substâncias ilegais, como cocaína, maconha e outros entorpecentes. Essas organizações operam de forma estruturada e, no caso das brasileiras, em nível internacional. Elas são responsáveis por parte expressiva do tráfico para outros continentes.
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Raquel 12