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Entre as medidas anunciadas pelos Correios, estão o Programa de Desligamento Voluntário, a redução da jornada de trabalho para 6 horas diárias com redução de salários, suspensão de férias, venda de imóveis ociosos.

Após registrar prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, os Correios anunciaram nesta segunda-feira (12) um pacote de medidas para reduzir R$ 1,5 bilhão em despesas ainda em 2025. A estatal atribuiu parte do resultado negativo à “taxa das blusinhas”.

Entre as medidas propostas, está o incentivo à redução de jornada de trabalho e, consequentemente, à redução do salário dos trabalhadores.

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Além disso, a empresa quer modernizar a rede de atendimento e distribuição, implementar mecanismos de inteligência artificial e desenvolver sistemas de gestão automatizada de transporte.

Para tentar conter a sangria, os Correios criaram um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), suspensão temporária de férias, e incentivo a diminuição da jornada de trabalho diante da redução proporcional de salário dos funcionários.

“Para reverter esse cenário, além de estratégias para ampliar receita e gerar novos negócios, estamos implementando um plano de redução de despesas com o objetivo de otimizar processos, aumentar eficiência e reforçar nossa capacidade de investimento”, disse a estatal.

Segundo os Correios, as medidas são “essenciais para garantir a continuidade dos nossos serviços e a sustentabilidade financeira da empresa”. No comunicado, a direção da empresa ressaltou que a “missão” é “fortalecer os Correios como empresa pública essencial para o país”.

Por outro lado, para não depender só da redução de despesas, a empresa também pretende buscar novas fontes de receita.

A principal delas é o lançamento da plataforma “Mais Correios”, programado para o próximo dia 19.

A ferramenta, uma espécie de marketplace, será lançada, inicialmente, para os funcionários da empresa e, posteriormente, será disponibilizada para o público em geral.

O marketplace será um site onde a população poderá comprar produtos variados que serão entregues pelos Correios.

De acordo com nota divulgada pela estatal, o prejuízo se deve, principalmente, à queda nas receitas de encomendas internacionais, agravada pelo novo marco regulatório das importações — apelidado de “taxa das blusinhas” — que reduziu a demanda pelos serviços dos Correios.

Além disso, a empresa aponta o aumento de despesas com precatórios, ações judiciais e obrigações herdadas de gestões anteriores como fatores que ampliaram o rombo. no entanto, do cenário negativo, os Correios afirmam que investiram R$ 830 milhões no último ano em frota, tecnologia e infraestrutura.

Principais medidas anunciadas pelos Correios

  • Programa de Desligamento Voluntário (PDV)
  • Incentivo à redução da jornada de trabalho para 6 horas diárias e 34 horas semanais, com ajuste proporcional de remuneração;
  • Retorno ao regime de trabalho presencial de todos os funcionários a partir de 23 de junho de 2025, exceto aqueles protegidos por decisão judicial;
  • Prorrogação das inscrições para o PDV até 18 de maio de 2025;
  • Novos formatos de planos de saúde com economia estimada em 30%.
  • Incentivo à transferência, voluntária e temporária, de carteiros e atendentes comerciais para centros de tratamento com pagamento de adicional de atividade;
  • Suspensão temporária de fruição de férias a partir de 1° de junho de 2025 até janeiro de 2026;
  • Revisão da estrutura do Correios Sede com a redução de pelo menos 20% do orçamento de funções;

Para aumentar as receitas, a empresa ainda pretende investir:

  • Segmento internacional e encomendas: expansão de negócios com novos modelos operacionais, políticas de precificação customizadas e fortalecimento da atuação comercial;
  • Setor público: novas soluções de logística e mensagens para órgãos públicos (educação, saúde, gestão documental, e-commerce público);
  • Novos clientes: expansão e incentivo a clientes de pequeno e médio portes e vendedores do comércio eletrônico;
  • Varejo: rentabilização dos canais físicos e ampliação de produtos e serviços de terceiros.

Com informações de G1

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