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Um atirador de elite foi fotografado no telhado de um prédio na avenida Paulista, em São Paulo, durante manifestação realizada na tarde do último domingo (6) em defesa de anistia para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Com informações da UOL.
Vestido com roupa camuflada, balaclava e portando arma de grosso calibre, o sniper exibia no braço um brasão semelhante ao usado por forças especiais de São Paulo e do Rio de Janeiro. A imagem foi feita por Edi Sousa, a serviço do Estadão Conteúdo.
O ato contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe, e de seus aliados políticos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também participou. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou e pediu que os manifestantes levantassem seus batons em apoio ao coro “Anistia já” — uma referência à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que está em prisão domiciliar por pichar a estátua da Justiça, em frente ao STF, com batom vermelho no dia dos ataques.
A manifestação ocorreu no mesmo dia em que uma pesquisa Genial/Quaest revelou que 56% dos brasileiros acreditam que os envolvidos nos atos de 8 de janeiro devem continuar presos. Outros 18% acham que eles deveriam ser soltos por nunca terem sido detidos, enquanto 16% defendem a soltura por considerarem que já ficaram presos tempo suficiente.
O Papel do Sniper na Segurança do Evento
A presença de um sniper durante o ato realizado na Avenida Paulista, onde ocorreu a manifestação em prol da anistia com a participação de Jair Bolsonaro, suscita diversas questões relacionadas à segurança e à vigilância. Os snipers desempenham um papel crucial em situações de alto risco, especialmente em eventos públicos onde a necessidade de assegurar a segurança dos participantes e das autoridades é premente. A presença desse profissional visa não apenas proteger os líderes presentes, mas também monitorar o ambiente, detectando potenciais ameaças de forma antecipada.
Um sniper é frequentemente posicionado em locais estratégicos para ter uma visão abrangente do evento, permitindo que ele identifique riscos antes que se tornem uma emergência. Durante protestos, a função desse atirador de elite não se limita apenas a neutralizar problemas imediatos, mas também a proporcionar uma sensação de segurança tanto para os manifestantes quanto para as forças de segurança. Essa vigilância pode ser vista como um meio de prevenir a violência e manter a ordem, embora a forma de atuação e a visibilidade do sniper possam afetar a psique dos presentes.
A justificativa para a presença de um sniper é geralmente respaldada por análises de segurança que visam evitar transtornos e possíveis crises. Contudo, a presença desse profissional pode gerar um abalo psicológico nos manifestantes, gerando um clima de tensão e receio. As autoridades, ao optarem por essa medida, muitas vezes argumentam que a segurança deve ser priorizada em face do clima político volátil. Assim, o debate se expande para a proteção das liberdades civis vs. a segurança pública, gerando opiniões divergentes em relação à necessidade dessa vigilância intensificada.
Reações do Público e da Mídia
A fotografia do sniper capturado durante um ato em apoio à anistia com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou reações diversas e polarizadas tanto do público quanto da mídia. Este evento, que aconteceu na Avenida Paulista, não só evidenciou a situação de segurança pública no Brasil, mas também levantou questões sobre a relação entre a política e a força policial. A imagem rapidamente se espalhou nas redes sociais, provocando uma onda de comentários que variaram desde o apoio à presença da polícia como meio de contenção de desordem até críticas quanto à militarização do ato.
Os defensores da atuação policial argumentaram que a presença do sniper era uma medida necessária para garantir a segurança dos cidadãos e prevenir possíveis distúrbios. Essa perspectiva foi amplamente divulgada em alguns veículos de comunicação, destacando a importância da segurança pública em eventos públicos. Por outro lado, críticos da ação foram igualmente vocais, abordando a questão da normalização da força letal em contextos onde não há ameaça imediata, apontando que isso poderia ocasionar um clima de medo e repressão.
A cobertura midiática também se destacou por sua diversidade de enfoques. Algumas publicações enfatizaram o simbolismo da fotografia, ligando-a a um suposto aumento da violência policial e como isso poderia impactar a imagem do governo. As opiniões da mídia variaram amplamente, com alguns analistas sugerindo que a cena reforçava a narrativa de um estado que prioriza a força militar sobre os direitos civis. Essa discussão provocou um amplo debate na sociedade, refletindo as tensões políticas atuais e a maneira como a segurança pública é tratada no Brasil contemporâneo.
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