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Aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro estão em mobilização intensa para que os Estados Unidos apliquem sanções norte-americanas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nos próximos dez dias. A informação foi publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Segundo a jornalista, o foco das gestões lideradas pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) neste momento é o ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes. A aposta do grupo é que sanções norte-americanas possam atingir o ministro e seus familiares, e que isso tenha um efeito simbólico e político tanto no Brasil quanto internacionalmente.
“Eles trabalham com a possibilidade de as sanções serem aplicadas inicialmente apenas a Moraes e seus familiares”, informa a coluna. A movimentação se dá no contexto de crescente tensão entre setores da extrema direita brasileira e o STF, especialmente após decisões de Moraes no inquérito das fake news e no julgamento dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Até o momento, três ministros do Supremo foram deliberadamente excluídos das pressões feitas junto a autoridades norte-americanas: André Mendonça e Kassio Nunes Marques — ambos indicados ao tribunal por Bolsonaro —, e Luiz Fux, indicado por Dilma Rousseff, mas considerado por bolsonaristas como um aliado no Supremo e também uma voz de equilíbrio no atual STF.